terça-feira, 27 de março de 2012


FORD ESCORT 1985.  VASP BOEING 737


O Ford Escort, foi lançado no Brasil em 1983.Logo se tornou um sonho de consumo dos jovens motoristas dos anos 80.
O novo compacto (de 3,97 metros de comprimento) trouxe a modernidade para a linha Ford. Entre 1982 e 1985 o mercado brasileiro vivia uma febre de carros mundiais. Chevrolet Monza, Fiat Uno, Volkswagen Santana eram as novidades do período.

Três anos depois de ser lançado na Europa, como a terceira geração de uma linha criada em 1968, o Escort inovava no Brasil com um formato inédito de carroceria: um hatch de dois volumes e meio. As janelas laterais, principalmente as posteriores, eram amplas e davam boa visibilidade. Inclusive na versão quatro portas, que formava um grande vidro vigia. A dianteira era em cunha, com faróis retangulares levemente trapezoidais e grade de plástico. O coeficiente aerodinâmico era o menor do Brasil: 0,386. 
A garantia de três anos contra corrosão era a maior do mercado

O motor era transversal e tinha duas opções de cilindrada: 1.3, com 63,5 cavalos de potência quando movido a álcool e 57 cv a gasolina, e 1.6 com potências respectivas de 73 e 65 cavalos. Apesar da modernidade do Escort, o motor foi adaptado do Corcel. Mudaram o pistão, o comando de válvulas, bloco e a câmara de combustão. Rebatizaram de CHT (Compound High Turbulence) e o instalaram até no Volkswagen Gol seis anos depois. 
O projeto do Escort custou 400 milhões de dólares.

O Escort chegou ao mercadobrasileiro em três versões de acabamento: básica, L e GL. Alguns meses depois do lançamento, começou a ser vendido o luxuoso Ghia. 
Ainda em 1983 foi a vez de aparecer a versão esportiva que transformou o compacto dos anos 80 e foi o ícone da linha Escort: o XR3 (sigla de Experimental Research 3). Tinha faróis de milha redondos instalados na frente da grade, faróis de neblina no pára-choque, lavador dos faróis normais, rodas de 14 polegadas com o famoso estilo "trevo de quatro folhas", aerofólio traseiro e teto solar.
O ar condicionado foi oferecido como opcional.

Outra versão, lançada em 1985, que fez a fama do Escort foi o XR3 Conversível, nome com o qual os brasileiros passaram a chamar os carros de capota removível. Uma definição mais nacionalista do que Cabriolet e mais charmosa do que os "descapotáveis" chamados pelos portugueses. O conversível não foi um pioneiro, mas quebrou um jejum: um carro desse tipo voltava a ser produzido em série no Brasil depois de quinze anos. O último havia sido o Karmann-Ghia, que teve a produção encerrada em 1970. Curiosamente, a própria Karmann, que tinha fábrica em São Bernardo do Campo, SP, vizinha da Ford, era quem transformava o carro. 
Mesmo com a proximidade das unidades, os carros iam e voltavam, necessitando de transporte e gerando despesas. Por isso e também pela presença de materiais importados na traseira, nos reforços da carroceria e até o suporte da placa moldado no tamanho europeu, o Conversível custava bem mais caro que a carroceria fechada, que já era cara.
Foi eleito o Carro do Ano em 1984 pela revista Autoesporte


Os últimos modelos fabricados no Brasil, ficaram conhecidos como ``1996 e meio´´,( uma série especial de despedida, para comemorar o aniversário de 75 anos da Ford ). O modelo 1997, já não era mais nacional. Era importado da Argentina.
Em 2000, o Escort com o motor Zetec Rocam 1.6, já estava no segmento de``carro médio´´ e não empolgava mais. A preferência já era pelo seu sucessor; o Focus, que também era importado da argentina.
Em 2003, o Escort saía definitivamente de cena.

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