quarta-feira, 27 de março de 2013



EM ALGUM LUGAR DO PASSADO...  GORDINI e JEEP WILLYS. 

Valente,com tração em duas ou quatro rodas e câmbio de três marchas com redução, logo o jipe se mostrou adequado às estradas e fazendas brasileiras. A versão Rural Willys surgiu em 1956. Em 1957 as partes do veículo passaram a ser fabricadas no Brasil e em 1959 o motor também passou a ser brasileiro --- um seis cilindros de 2.638cc e 90cv de potência que viria a ser adotado na maioria dos veículos da montadora.  

Apesar de a filial ter recebido as ferramentas para montagem do modelo Aero quando a matriz norte-americana encerrou a produção de veículos de passeio, o primeiro carro urbano da Willys brasileira foi o pequeno Dauphine, em 1959, produzido sob licença da Renault. O econômico veículo foi um dos maiores rivais do Volkswagen Fusca no mercado brasileiro dos anos 60, em suas várias versões que surgiram nos anos seguintes, e também foi a base de uma série de vitórias da Equipe Willys de competições no automobilismo brasileiro, com pilotos como Christian Heinz, Emerson Fittipaldi e Luiz Bueno.  

Em 1960 foi finalmente lançado o Aero-Willys, ainda com a carroceria arredondada do modelo norte-americano, que rendeu a esta primeira versão o apelido de "Aero-Bola". Em termos de mecânica, o Aero era simplesmente o Jeep com carroceria urbana. Pesava 1.440kg e atingia 120km/h de velocidade máxima, com aceleração de 0 a 100km/h em 17,8 segundos. O consumo de combustível era da ordem de 7km/litro. 
Em 1961, a Willys lançou mais um veículo produzido sob licença da Renault, o Interlagos, cópia do Renault Alpine, e primeiro veículo esportivo de série do Brasil, com carroceria em fibra de vidro em três versões de estilo (cupê, berlineta e conversível) e mecânica baseada no Dauphine, mas com várias opções de carburação e potência. 

Em 1962 foi feita uma completa reestilização da carroceria do Aero, liderada pelo projetista americano Brooks Stevens, e foi lançado em dezembro o modelo Aero 2600, com linhas retas, modernas para a época, e algumas alterações no motor que aumentaram a potência para 110cv. Esse novo Aero deu origem a uma versão de luxo em 1966 que era vendida como um veículo diferente, o Itamaraty.   

A Willys entrou em crise financeira, e em 1967 a Ford assumiu o controle acionário da empresa. O Projeto M, já bastante avançado, foi concluído e deu origem ao Ford Corcel ,os primeiros exemplares ainda saíram de fábrica com vidros timbrados com a marca da Willys. Os carros das linhas Jeep e Aero continuaram a ser produzidos, sob a marca Ford-Willys até 1970, e posteriormente, por mais alguns anos, apenas com a marca Ford. A linha Jeep ainda continuou sendo produzida até 1983.

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